“… é a vida, e é bonita, e é bonita”… Gonzaguinha foi tão feliz nesta composição, um clássico da música brasileira!
Escolhi a frase como titulo porque tem me chamado atenção a simplicidade como virtude, a espontaneidade como qualidade, a veracidade como grande reveladora da personalidade.
Vivemos um tempo em que as pessoas estão apressadas, atarantadas, agitadas por tantos estimulos. Querem tudo ao menos um pouco; assim, aprofundar é dificil, não dá tempo, vai do jeito que é possivel mesmo – e olhe lá…
O autoconhecimento não é objeto de ensino, de análise ou atenção; a gente aprende conhecimentos objetivos, aprende a ficar cada vez menos subjetivo e espontaneo para poder se enquadrar.
Se é assim no mundo dos adultos, no das crianças, especialmente quanto as de poucos meses, pouco mais de ano, a situação é outra. Espontaneas, claras sobre o que querem (embora possamos não entender), as crianças são puro instinto e lutam pelo que querem, com veracidade e pureza lindas de se ver. Eu me encanto e quero, cada vez mais, isso para mim. Resgatar essa veracidade sincera sem medo de expor, do jeito que der, o sentimento tão forte!
Para isso, a música de Lenine serve de inspiração:

Do It (Composição: Lenine/Ivan Santos)

“Tá cansada, senta; Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta, Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta, Se pediu, agüenta…

Se sujou, cai fora; Se dá pé, namora
Tá doendo, chora, Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora… Não tá bom, melhora…

Se aperta, grite; Se tá chato, agite
Se não tem, credite; Se foi falta, apite
Se não é, imite…

Se é do mato, amanse; Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance, Se tá longe, alcance
Use sua chance, Use sua chance…(…)

Se tá puto, quebre; Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre, Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre, Corra atrás da lebre…

Se perdeu, procure; Se é seu, segure
Se tá mal, se cure, Se é verdade, jure
Quer saber, apure; Quer saber, apure…

Se sobrou, congele; Se não vai, cancele
Se é inocente, apele; Escravo, se rebele
Nunca se atropele… Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta; E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta;
Não se submeta … Não se submeta…”

Parece simples, hein? Ser coerente: pensar, sentir e agir na mesma direção. Bela meta!

(Passos-MG, 10/10/2010, 17:24)